terça-feira, 29 de abril de 2014

Formação técnica ajuda o profissional a entrar no mercado de trabalho

Formação técnica ajuda o profissional a entrar no mercado de trabalho

São mais de 160 opções de cursos em todas as áreas.
72% dos que escolhem um curso técnico se formam com emprego garantido.

A Sala de Emprego desta segunda-feira (28) mostra que a formação técnica pode ajudar o profissional a entrar mais rápido no mercado de trabalho. De todos os alunos que escolhem um curso técnico, 72% se formam com emprego garantido. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas mostrou que para cada ano de estudo o salário de um técnico aumenta 14%.

Um curso técnico dura de um a dois anos, bem menos que uma universidade. De acordo com quem trabalha na área, é fácil arrumar um emprego e fácil ser promovido. O sucesso depende do profissional, pois vaga tem de sobra. No Brasil, são mais de 160 opções de cursos em todas as áreas.

Tem dúvidas sobre o tema? Deixe sua pergunta no final desta matéria, no espaço destinado a comentários. Ao final da edição desta segunda-feira (28), Ricardo Haag, especialista em carreira, participa de um bate-papo, ao vivo, aqui no site do JH.

O técnico em soldas Vinícius Ferreira da Cruz conseguiu emprego em uma multinacional seis meses depois de se formar no curso técnico. Eu trabalhava como encanador. Aqui como caldeireiro eu tive a oportunidade de ser promovido. Junto com as promoções, vem o aumento de salário. Um técnico iniciante começa com pouco mais de R$ 2 mil. Em um cargo de especialista, a remuneração fica perto de R$ 10 mil.

Segundo uma pesquisa do Senai, na indústria os técnicos ganham em média 24% a mais do que em outras áreas. A indústria procura reconhecer e valorizar muito esses profissionais porque são profissionais difíceis. Então, eles têm um salário diferenciado no mercado. As empresas se protegem muito para manter os seus técnicos, relata o gerente geral Giovanni Campos.

Cursos técnicos no mundo

No Brasil, apenas 9% dos alunos estão matriculados em escolas técnicas. Uma realidade bem diferente de vários países da Europa, por exemplo. Lá, cada vez mais governos e empresas investem no ensino e na formação de técnicos.

A Alemanha é referência. Lá, a educação profissionalizante é conhecida como sistema dual de ensino, que combina o treinamento prático nas empresas com aulas teóricas na escola.

Os cursos duram de dois a três anos e meio e formam trabalhadores em 350 ocupações ligadas ao comércio, indústria, prestação de serviço e serviço público 53% dos alunos fazem essa escolha.

Eles ficam de um ou dois dias na escola e os outros nas oficinas. É uma rotina dura, mas que compensa porque a maioria sai com emprego garantido.

Maior procura pelo ensino técnico

Santa Catarina é o estado onde mais cresce a procura. A média de pessoas cresceu 13% segundo o MEC. No restante do país, o aumento foi de 6%. Os homens com idades entre 35 e 39 anos são maioria. Eles representam 59% dos matriculados.

O curso técnico mais procurado no estado é o de administração. Depois de formado, o salário de um profissional pode passar de R$ 3 mil. Só este ano, o Senac de Santa Catarina deve colocar no mercado 13 mil novos técnicos.

Salários da indústria

Os maiores salários são os de técnico petroquímico (R$ 6.311) e técnico em mineração (R$ 5.731). As ocupações que mais geram vagas são de técnico em topografia (R$ 2.135) e técnico em construção civil (R$ 3.461).

As áreas mais promissoras são petroquímica, energia, mineração, metal-mecânica e eletromecânica.

28/04/14

Portal G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário